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quarta-feira, novembro 30, 2005



Weaknesses - parte 1


Todos nós escolhemos um lugar como nosso favorito. Ou geralmente é o que acontece. Uns preferem o quarto, outros a sala, até mesmo a cozinha. Mas em Hogwarts, Alexis sempre preferiu o telhado, onde tinha visão livre do céu. Era uma espécie de esconderijo secreto numa das torres vizinhas a do escritório de Dumbledore, seu refúgio desde a primeira vez que se perdeu no castelo, quando criança.
Sempre que precisava de momentos paz e sossego (geralmente a noite), escalava um pouco a torre por dentro, passava por telhas soltas e se sentava ali, esquecendo de qualquer coisa que a incomodasse.

Há alguns anos atrás, nas primeiras horas da manhã de um belo dia, ela já se encontrava em seu canto do castelo. Bem cedo no horário normal, mas não para alguém que passou mais da metade da noite acordada depois de uma série de pesadelos. Justo ela, que sempre sonhara com vôos de vassoura, bolos de caldeirão, grandes aventuras e recompensas... mas não daquela vez. Ela sentia por não ter poderes sensitivos (ou por não enxergar tantas realidades quanto gostaria), mas havia algo de errado com aqueles pesadelos. Sabia que eles traziam algum significado e que a alertavam. Alertas estes que ano após ano lhe perturbavam o sono, mas que nunca revelaram seu verdadeiro propósito.

Mais um ano letivo começou, e apesar das responsabilidades como aluna terem aumentado mais um grau, Alexis não se preocupava com isso. Aliás provas e NOMs passavam ligeiramente entre suas preocupações, momentos únicos que geralmente ocorriam pela insistência (Tiquis-Nervosium Paranóicus) de Dani Lupin em relação aos estudos.

Na última noite a garota teve os mesmos pesadelos em série novamente. Se antes lhe atormentavam somente duas ou três vezes ao ano, desta vez estavam aparecendo com freqüência, ainda que menos intensos. Nunca comentou sobre eles com ninguém, talvez porque quisesse acreditar que nada significavam, mas chegou a hora de pedir ajuda. Apesar da vontade de reunir as amigas para discutirem, sentiu que deveria conta-los a seu avô antes de mais nada. E assim rumou (correu feito louco quando picha escondido a parede do banheiro do hospício) para a sala de Dumbledore. Eis que se depara no corredor com uma pequena figura, berrante e momentaneamente tonta após o tombo:

- Professor Flitwick! Ohhhhhh... mil perdões! Não vi o senhor aí.
- E-e-eu estou bem, não se preocupe - disse o professor quase sem ar, mas achando graça do acontecimento - Apesar de pouco notado, ser pequeno tem suas vantagens: a queda é bem menor! E você, jovem Dumbledore, não deveria estar apostando corrida com sua sombra pelos corredores desta forma!
- Mais uma vez eu peço desculpas! Estava indo falar com vovô, digo, com professor Dumbledore em sua sala. Não vim antes pois ele havia saído, saberia me dizer se já voltou?
- Oh, sim. Acabou de retornar, inclusive passei em sua sala há poucos instantes, mas...
- Muito obrigada pela informação, professor! Preciso ir, até mais!
- Creio que não é uma boa hora para visita-lo, querida. Ele está ocupado conversando com sua amiga Lupin!

De nada adiantaram os avisos do professor, já que Alexis se encontrava corredores além quando eles foram emitidos. Quando alcançou o corredor certo, viu a gárgula que guardava a entrada da sala se movendo, alguém estava entrando:

- Hey! Segure a escada! Segure a esca... já foi! - suspirou - Então vejamos, qual era a senha? Hum... caramelo... isso! Bombinhas de caramelo!

A menina ameaçou avançar, mas parou subitamente ao perceber que a gárgula não havia se movido do lugar.

- BOMBINHAS DE CARAMELO! - ela gritou - Sabe, ouvi dizer que quanto mais feia é uma gárgula, mais intrusos ela espanta. Realmente, vovô está bem protegido!

Após alguns segundos em silêncio na esperança de que a estátua só estivesse dormindo naquele dia, Alexis disparou todas as antigas senhas que lembrava no momento:

- Língua de gato! Grilos caramelizados! Feijões de todos os sabores! Licor de sangue! Picolé de limão! De uva! De morango!

E nada de passagem livre. As gárgulas são criaturas de pedra adoráveis, porém muito temperamentais, principalmente quando estão levando tapas e leves chutes a cada tentativa de senha, como naquele momento.
Com exceção do professor Flitwick, os corredores ali perto estavam vazios. Ou deveriam estar. Mas atraído pelo barulho, um rapaz curioso apareceu para ver o que estava acontecendo

- Garota! Sabia que está agredindo uma estátua?
- Não diiiiiiiiiiiiiiiiga? Devo estar sem meus óculos, pois pensei estar lutando com um colchão de plumas fofas! - respondeu Alexis com rispidez, ofegante, sem nem ao menos olhar para quem respondia. Ainda insistia em descontar sua raiva na gárgula.
- Ok então, má educada. Sugiro que pare antes que se machuque. Se bem que com estes golpes pode acabar machucando mais a estátua do que a si mesma! - o rapaz segurou um dos braços da garota.
- Bem constatado, isto também se aplica a intrometidos! - ela olhou para trás esperando fitar algum primeiro-anista almofadado, mas encontrou um rapaz alto e de expressão séria, grifinoriamente uniformizado. Era um dos nerds do 7º ano. Ela sentiu as bochechas pegarem fogo, então se desvencilhou rapidamente e voltou a atenção para a entrada da sala.

- Oras, mas o que há com este castelo hoje? Deixe de ser cabeça-de-pedra, gárgula! Vamos, deixe-me entrar!
- É preciso uma senha, senhorita... Dumbledore.
- Pois se você sabe meu nome, deveria presumir que sei melhor do que ninguém quais são as regras para entrar! O problema é que o vov... é que o professor Dumbledore já deve ter trocado de senha e eu ainda não sei qual é.
- E se você já deduziu tudo isso, por que insiste em boxear uma pedra?
- Eu... não... é que... ah, agora chega! Nem lhe conheço, não preciso ficar me explicando. Passar bem!
- Fique a vontade, garota irritadinha!

Eis que a gárgula se move, abrindo espaço para a escada que leva à porta da sala do diretor. Mas Alexis tem o péssimo costume de desaparecer rapidamente quando bem quer, logo não notou o feito imprevisto do rapaz.

- Opa! Não quero entrar, dona Pedra, pode permanecer quietinha novamente. Até mais ver!

Escrito por Alexis Dumbledore


Arwen Lórien Potter às 11:03h





A Herança - parte 2


O salão estava lotado como sempre e os alunos tomavam seu café da manhã. As corujas faziam sua revoada costumeira, entregando as correspondências. Mais um dia e nada chegara para a grifinória de longos cabelos negros, olhos cor-de-mel, lábios bem torneados e orelhas pontudas. Arwen olhava para as corujas indo e vindo, com um visível ar de decepção estampado no rosto. Fazia alguns dias que Marjorie McGonagall havia saído em busca de seus pertences como sua procuradora mediante o Ministério da Magia e nem sinal de notícias.

Pensando nisso e tomando seu café da manhá com pouca vontade, eis que se sobressalta com todos os alunos se virando em direção à porta principal do salão. A garota imita o movimento dos colegas e abre um largo sorriso.

Irrompia através da entrada principal uma jovem linda e loira, que seguia desfilando por entre as mesas. A delicada mão direita empunhava a varinha, apontando-a para diante. Seguia à frente, flutuando, uma enorme caixa de madeira, semelhante a um baú, que parecia não pesar mais que uma pluma. Alcançou a mesa da Grifinória, depositando no chão o baú, que caiu suavemente, mas ainda assim, provocando um baque surdo. Definitivamente, ele não pesava tanto quanto uma pluma.

A srta. McGonagall sorriu para as meninas, que a olhavam com o mesmo ar de admiração de sempre - Arwen ainda mais satisfeita. Tinha uma noção bem definida do que seria aquela encomenda.

- Bom dia, garotas! - cumprimentou alegremente a jovem loira - Arwen, aqui estão alguns pertences pessoais de seus pais. E nesta pasta - dizendo isso, a moça deu uma sacudidela na varinha, fazendo surgir diante de si, uma pasta em couro marrom-escuro, que flutuou e pousou na mesa defronte Arwen - estão os documentos pessoais, escrituras dos imóveis e a chave do seu cofre em Gringotes.

A garota sorriu, um tanto alegre e um tanto triste. Sua espera havia finalmente terminado. Mas as lembranças que advinham dali eram deveras doloridas.

McGonagall se despediu de Arwen e Alexis. Arwen agradeceu mais uma vez o favor que seu anjo da guarda fizera. Marjorie apenas sorriu, murmurando um "não fiz mais que a minha obrigação, mocinha!", dando uma piscadela de olho para a garota de orelhas pontudas.

Assim que a moça se distanciou da mesa, Arwen virou-se para Alexis, perguntando qual seria a próxima aula do dia. Dani Lupin já estava a postos, na mesa da Grifinória, para se inteirar do assunto.

- Hum... Não temos horário vago esta manhã - dizia a pequena Dumbledore - e a primeira aula é de Trato das Criaturas Mágicas. Dois tempos.

- Será que Hagrid vai perceber minha ausência? - interrogou Arwen com o dedo indicador direito pousado no queixo, olhando fixamente para a caixa.

- Imagino o que você está pensando - sorriu marotamente Alexis - se ele sentir sua falta, digo que você está na Ala Hospitalar porque suas orelhas ficaram maiores que o habitual.

As três amigas riram. Dani Lupin apressou-se em recomendar:

- Mas marotinha das Zoreia, Tontinha querida do meu coração, você não acha que seu caixotinho - ênfase no "caixotinho", querendo dizer exatamente o contrário - não pode esperar até a hora do almoço? Nós já não estamos estudando direito para os NOMs, sequer fizemos nosso horário... E ainda vai matar aula? Fora que, puxa vida, eu e Alexis também queremos ver!

- Não senhoritas. Meu "caixotinho" não pode esperar. Vocês vão para as aulas, depois Irritadinha me passa o que perdi. Vou aproveitar o dormitório vazio e explorar o meu... tesouro.

Levantou-se num salto, sacou a varinha do bolso da veste negra e murmurou um Vingardium leviosa, apontando para o baú, que levantou-se do chão novamente como uma pluma. A grifinória de longos cabelos negros deixou as duas amigas no salão e saiu dando um "até logo", enquanto se dirigia para a torre da Grifinória, no sétimo andar.

Uma vez no dormitório, Arwen abriu a caixa. Parecia à primeira vista um monte de tralhas. Havia uma boneca diferente. Não era sua. Colocou de lado e continuou explorando o conteúdo da pequeno container. Revistava livros, papéis, objetos que ela não conhecia, possivelmente do pai, que era auror...

Um livro de encadernação veludo vermelho com letras douradas na capa lhe chamou a atenção. "Anuário de Hogwarts - 1978". Abriu curiosa. Era a primeira vez que saberia mais sobre a vida escolar de sua mãe. Enquanto folheava o livro, seu queixo caía a cada página. Eram os formandos do ano. E que surpresa ao ver aqueles nomes e fotografias acenando para ela! James Potter, Sirius Black, Peter Pettigrew, Lily Evans... Remus Lupin... Todos na mesma turma! Estudaram com sua mãe e ela jamais mencionara o fato de ter sequer conhecido pessoalmente o pai da melhor amiga e o do ex-namorado! A jovem de olhos violeta da foto do diário também estava ali no livro - Callista Graham. Teria ela algum parentesco com o rapaz sonserino que se tornara amigo dela e das meninas, Daryl Purple? Será que Dani Lupin sabia que seu pai estudara com sua mãe? Se sabia, por que ela nunca disse nada? Não, Dani não sabia de nada com certeza, senão teria contado...

"É algo tolo para me preocupar..." - pensava a menina - "mas ainda assim, intrigante. O professor Lupin conheceu minha mãe e jamais disse uma palavra sobre isso..."

Guardou aquele livro em sua mochila, decidida a mostrar às amigas na hora do almoço.


Arwen Lórien Potter às 11:01h




quinta-feira, novembro 24, 2005



O Jardim secreto de Ravenclaw


Depois de árduos dias de pesquisa na biblioteca, Dani Lupin que já estava quase trocando os olhos, já que tinha acumulado o cargo de aluna corvinal (é brabo manter o status de cdf), monitora de poções (muitos catálogos e formulações para organizar) e ainda por cima, dando uma de Avoada Holmes decifrando o enigma da Ravenclaw.

- Talvez uma esfinge seria mais óbvia nos seus dilemas. Como posso ser a escolhida se...
1) Sou Avoada
2) Além de Avoada, desastrada
3) Além de Avoada e desastrada, MAROTA.

Não, provavelmente deve ter algum engano.O confronto com tio Voldie provavelmente afetou a cuca do velhinho Dumbledore. Imagina se alguém em sã consciência admiraria minhas características, e o pior: CONFIARIA em mim?! Eu não confio, os trasgos não confiam, serianos não confiam, elfos, gnomos, duendes e fadas não confiam. Imagina a dona Rowena... o.O

Vamos colocar os pingos nos i's e os traços nos t's. A verdade verdadeira é que toda aquela pilha de livros só serviram para que eu descobrisse que:

A) Ou o chapéu seletor bebeu uma "manguaça" das "braba" quando me avaliou para ir a Corvinex.
B) Ou a biografia da minha casa foi escrita por um ser sem noção, narigudo, do cabelo escorrido e gorduroso....epa, não foi o seboso! Então vamos para a C
C) O escritor não relatou tudo o que deveria,ou melhor, ocultou alguns pontos importantes, como uma Rowena travessa que gostava de colocar fogos filibusteiros escondidos debaixo das cadeiras dos professores para ver a calça deles pegando fogo.

Difícil né. Obóvio que a única alternativa coerente é a A(dãaaaaa. O.o)

Então-se, voltamos a estaca -5 (nem zero é mais). O jeito é fazer testes e mais testes naquele matagal que chamam de musgo, cheios de bichos nojentos, gnomos fedidos e fadas mordentes. Aceito ajuda. Alguém se habilita?

Tá, depois peçam a minha ajuda tá. Vão se virar nos NOMS de poções s-o-z-i-n-h-o-s. Ora bolas, cubos e pirâmides!

Primeiro teste: O mais óbvio: "Lumus"
Resultado: Nada expressivo. Apenas alguns seres que gritaram mandando apagar a luz. Seres estúpidos. Vão catar cocô de dragão na mãe pra ver se ela tomba!

Segundo teste: "Accio musgo"
Resultado: Muitas folhas de musgo vieram ao encontro da lobinha que ficou praticamente amarrada com tantos cipós. Mesmo assim, parecia que não tinha sido removido nada. Droga, essa era meu uniforme novinho, cheirosinho e fofo.

Terceiro teste: Teste do "eu não agüento mais!? " " Solarium Ardentis"
Resultado: Raios de sol ardentes penetravam no musgo. Os bichinhos pareciam estar tomando um "bronze". Droga. Nada estava dando certo.

Exausta, já chorando de desespero, Tom chega e resolve consolar a namorada, que ainda estava coberta de musgos.

- Sabia que até verdinha você fica bonitinha?

Diante de um comentário desses, quem poderia resistir. O casal 20 corvinal sorriu um pro outro e se beijaram.

Foi aí que o milagre aconteceu. Como num passe de mágica, as folhas de musgo se abriram como numa cortina, e deram espaço ao jardim mais lindo que qualquer um pudesse ter presenciado. A luz que emanava dele parecia ofuscar toda a Corvinal. Flitwick acabara de chegar nesse exato momento. Ao ver o jardim batia palmas e pulava alucinadamente.

Dani, que olhava maravilhada suspirou e disse:

- É Tom. Missão Cumprida. Eis o Jardim Encantado não-mais-secreto da Rowena Ravenclaw.


Dani Lupin às 18:22h




sexta-feira, novembro 18, 2005



A escolhida de Ravenclaw (parte 2)


Dani imediatamente entrou e se pôs diante de seu querido diretor. Professor Dumbledore estava com uma aparência fraca e cansada. Isso realmente preocupou-a por um instante.

- Tudo bem Srta Lupin. Estou de fato um pouco cansado da viagem, mas creio que não precise se preocupar. De todo, eu agradeço pela preocupação e pela intenção que sei que foi a melhor. - falou o diretor ternamente

Dani se espantou pela rapidez da leitura de sua mente, mas já esperava isso de seu diretor. Então ele prosseguiu:

- Esperava que estivesse mais curiosa em relação ao motivo que a chamei por aqui, mas vejo que seu instinto maroto se preocupa mais com seus amigos do que com a si própria. Isso definitivamente é uma dádiva Srta Lupin. Conheço muitos poucos que a possuem, e espero que saiba aproveitá-la bem. Mas como sou mal educado, por favor, sente-se.

- Algum problema com minhas amigas, Professor? ? Dani agora tinha ficado assustada.

- Não, elas estão bem. Havia me referido a sua preocupação com a minha pessoa. Afinal mais que educadores, somos amigos de vocês e estaremos aos seus lados sempre que precisarem. É ou não uma característica de amizade?

- De fato professor. E a recíproca também é verdadeira.

Dumbledore olhou com um sorriso melancólico para Lupin, e ela poderia jurar ter visto seus olhos se encherem de lágrimas. Mas preferiu ocultar essa idéia de sua mente antes que ele percebesse.

- Srta Lupin, sei que muitos alunos aqui são leais a mim, e enquanto pensarem assim, sempre terão meu apoio. Mas mudando de assunto, afinal temos vários para conversar... Gostaria de parabenizá-la pelo seu noivado com o Sr. Bittes. Não é algo muito comum de se acontecer com bruxos tão jovens e acredito que seja uma das regras daqui não existirem namoros expostos entre alunos.

- Sim, professor. Não é nada oficial, é apenas algo simbólico. Para reforçar nossos laços ? Dani falou meio sem jeito.

Pudera, a rainha em fugir das regras estava encurralada pelo fato de o Diretor ter descoberto algo tão fora das normas. Filch teria aberto um sorriso e lançado muitos fogos felibusteiros se soubesse.

- Sim, concordo. E não estou criticando. Do fundo do coração a Srta está descobrindo muitas coisas importantes e essa com certeza é uma delas. Isso me fez abrir meus olhos para um problema que me aflingia a anos e nenhum dos outros professores conseguiu desvendar esse mistério. Mas ao saber de tal fato, foi como se muitas peças começassem a se juntar. E ficou tudo muito claro para mim.

- Não entendo professor.

- Vou ser mais específico. Sempre estive a procura de alguém a quem Rowena Ravenclaw poderia confiar se estivesse entre nós, mas essa pessoa , acredito eu, deveria possuir alguns dons a que ela simpatizasse. Rowena segundo a lenda era além de inteligente, muito romântica. Talvez seja por isso que tantos outros falharam. Gostaria muito que a senhorita ajudasse-nos.

- O senhor está querendo dizer que...

- Sim, exatamente o que a senhorita pensou. Há uma grande possibilidade de você ser a escolhida de Ravenclaw para reabrir seu jardim encantado.

*Silêncio na sala*

Foi como se tivessem jogado um balde de água fria nos pensamentos da Lobinha Avoada. Estava se sentindo ensopada e com frio. Seus pensamentos estavam congelados como se num cubo de gelo. Era uma informação absurda demais para se levar a sério.

- Mas porque logo eu? Mas como? Não sou a única apaixonada nesse castelo - Dani olhava incrédula para o diretor.

- Veja bem, devemos frisar bem isso.Poderia ser qualquer outra corvinal. Mas no momento eu só realizei que a pessoa deveria ter essas características quando soube de seu noivado. E pelo que me consta, hoje você é a ?corvinal apaixonada? e é correspondida. Todas as outras corvinais em potencial, segundo a inteligência, ou não estão namorando, ou apenas gostam de seus namorados. Não é como você que vê um futuro lindo e florido, e acredite, com certeza vocês terão.

- Mas eu também não sou um exemplo de aluna professor, tenho que admitir. Ganho mais detenções do que sapos de chocolate. Como poderia Ravenclaw em toda a sua sabedoria confiar em alguém tão inconstante?

- Não sei. Talvez ela se identificasse com você.Talvez você não seja a escolhida. Só saberemos se a srta aceitar tentar nos ajudar.

- Mas eu ainda não sei qual é o problema,Professor.

- Acredito que a senhorita já tenha visto uma parede de musgo extensa na sala comunal de sua casa. Não se sabe a quanto tempo ela esta lá, mas nunca nenhum professor conseguiu remover a erva daninha presente. E pelo que conta a lenda, Rowena possuía um jardim onde se recolhia para escrever poesias e meditar.

- E atrás dessa parede de musgo estaria o tal jardim secreto?

-Exatamente.

- E como exatamente eu devo remover esse musgo? Feitiços? Poções? Senha? Tô perdida.- Dani olhava confusa para o diretor.

- Por enquanto a sua missão é ler toda a história dos fundadores. Já pedi para que a madame Pince reservasse uns livros para você. Amanhã leia-os e lá você deve descobrir um modo de removê-lo. Leia bem as entrelinhas. A resposta não deve estar direta. Se ainda assim não encontrar,pense um pouco sobre essas características que Rowena prezava e descubrirá o feitiço certo. Você será acompanhada diretamente por Flitwick. Quaisquer dúvidas adicionais poderão ser tiradas com ele.

- Certo,professor.

- Agora pode ir.

E Dani Lupin seguiu para sua sala comunal. Com a cabecinha mais cheia de caraminholas do que nunca.

- E que Merlin me ajude.


Dani Lupin às 18:16h




segunda-feira, novembro 14, 2005



A escolhida de Ravenclaw (parte 1)


Dani estava sentada fazendo sua pilha de lições como tantos outros na mesa comunal corvinal.

- Droga. Que raio de revolução para libertação de sereianos é essa que nunca tinha ouvido falar! - resmungou Lupin

- Essas pessoas que dormem durante as aulas ficam assim depois. Perdidas e não sabem fazer a lição. Tenho tanta pena delas Cho. - atirou Marietta sarcasticamente

Diante do comentário, Dani deu um olhar estouporante para a intrometida que ria abertamente com sua amiga. Mas preferiu não iniciar nenhuma briga em frente a monitores e alunos novos. O troco dela viria depois e muito do bem pago.

Dani tentou mudar de assunto, já que não estava mesmo conseguindo pensar em nada sobre História da Magia. Pegou o exercício de feitiços e começou a fazê-lo.

- Raios duplos, triplos, quádruplos e quíntuplos. Como era mesmo a pronúncia daquele feitiço Tom, o da perna-presa.

- Locomortus mortis - a sílaba tônica fica no "mor" e no "tis". Pensei que soubesse esse de cor Srta Lupin. Ele é muito útil em situações de perigo, e menos agressivo a pessoa que a senhorita possa atacar. Simplesmente um belíssimo feitiço, não acha?

Dani anotava tudo, mas aquela voz definitivamente não era de seu namorado. Virou-se e viu que quem estava na realidade era o prof. Flitwick, o gnomo gente-boa da Corvinal.

- Ah... Oi professor. Desculpe. Realmente não sei como pude esquecer. Esse é um dos meus feitiços favoritos.

- Tudo bem Srta Lupin. Vim a pedido do diretor. - Falou o professor, com uma expressão séria no rosto - Ele acabou de chegar e gostaria que você fosse a sala dele imediatamente.

- Claro. - Dani respondeu enquanto guardava suas coisas - O Sr. vem comigo?

- Não. Terás que ir sozinha. - Flitwick disse enquanto caminhavam em direção a porta ? O assunto é particular. Na realidade eu já sei do que se trata, por isso ficarei fazendo minhas obrigações de diretor de casa. Tenho algumas lições para corrigir.

- Mas professor, eu não sei a senha...

- A senha é um dos apelidos de uma amiga sua que o Diretor aprecia muito. E antes que me pergunte, o diretor já mandou avisar para o prof. Slughorn que você não irá a monitoria hoje.

- Se é assim.

Dani seguiu rumo à sala do Diretor. Por um momento pensou ter se perdido, mas avistou as gárgulas que ficam a porta da sala de longe.

- É dona marota. O duende camarada poderia muito bem ter sido mais específico né?! Somos as campeãs dos apelidos. Cada dia uma coloca apelido diferente na outra. Principalmente a Irritadinha...

Diante da última palavra, as gárgulas deram espaço a enorme escada caracol que levava a sala de Dumbledore. Mais que rapidamente subiu. Até estar frente - a - frente à porta da sala.

- Isso definitivamente é o que eu chamo de sorte. Na primeira tentativa.

- Entre Srta Lupin - Dani escutou uma voz fraca e rouca soar de dentro da sala.

Continua...


Dani Lupin às 13:50h




segunda-feira, novembro 07, 2005



A herança - parte I


A manhã era normal como todas as demais. A mesa da Grifinória estava repleta de alunos que tomavam seu desjejum antes de rumarem para suas aulas. Tão logo o café da manhã foi servido, adentrou o salão a costumeira revoada matinal de corujas que traziam as correspondências dos internos.

Galadriel, a pequena coruja branca de olhos azuis repousava no corujal, como bem sabia Arwen. A garota não havia despachado nada, e não esperava receber nenhuma carta nem naquele dia, nem nos seguintes. Ficou surpresa quando uma imponente coruja-das-torres parou solenemente diante dela, esticando-lhe a pata, onde estava preso um pergaminho. Olhou para os lados para verificar se a coruja não havia errado o destinatário. Alexis engolia suas panquecas com mel enquanto lia o Profeta Diário, e nem percebera o olhar da amiga. Como os demais já estavam de posse de suas correspondências, e os que não estavam também não procuravam por algo, decidiu por fim, pegar o que parecia lhe pertencer.

Tão logo começou a desenrolar o pergaminho, a imagem do brasão oficial do Ministério da Magia deixou a grifinória ainda mais curiosa e um tanto intrigada. Mal começou a ler o documento e sua curiosidade transformou-se quase que instantaneamente numa espécie diferente de melancolia e desalento.

"Comunicamos a Srta. Arwen de Lórien Potter que após o falecimento da Sra. Liv Spellman Potter, os bens de sua família devem ser entregues à sua herdeira legal.

Estaremos enviando em anexo um formulário a ser preenchido e entregue a um procurador maior de idade, para que sejam retirados bens de menor valor e escrituras de propriedades pertencentes à família. Os pertences mais valiosos serão entregues diretamente no Banco de Gringotes, onde serão guardados no cofre da família, e a chave do mesmo será entregue juntamente com os demais pertences e documentos.

Atenciosamente,

Sra. Nicole Gardner
Secretária do Departamento de Tutela de Bens e Bruxos Menores do Ministério da Magia."


Suspirou, enrolando de volta o pergaminho e oferecendo um pedaço de bolo de caldeirão para a coruja, que ainda a observava. Assim que recebeu o agrado, a ave ministerial levantou vôo e seguiu viagem, deixando a menina pensativa.

Durante as férias não havia pensado nesses trâmites legais e burocráticos. Na realidade, nem tinha conhecimento ao certo do que possuía, mas decerto não era nada milionário. Tinham uma vida tranquila, mas sem luxo. Sabia da casa em Londres, onde estavam os pertences da mãe e algumas recordações do saudoso pai e da caixa que lhe fora entregue nas férias. Não possuíam elfos domésticos, nem grandes propriedades.

"Um procurador..." - pensava a jovem - "mas quem poderia ser um procurador da minha ilustríssima pessoa que desde que chegou a Hogwarts esse ano só fez chorar, grunhir e servir de ponto de referência por causa das minhas orelhas pouco... convencionais?"

Enquanto mentalizava um possível procurador, assustou-se com os olhos amarelados e cristalinos de Alexis lendo o documento novamente aberto nas mãos da amiga.

- No que tanto pensas, Orelhudinha? Isso aconteceria mais cedo ou mais tarde...

- Eu sei. Mas preciso de um procurador. O Ministério não deu brecha para que eu mesma fosse retirar meus pertences, e tal. Não faço idéia de quem seria...

Num passe de mágica (como se magia fosse a coisa mais extraordinária em Hogwarts), uma belíssima jovem loira de olhos muito azuis, porte altivo e que deixava todos os seres do sexo masculino embasbacados enquanto ela caminhava (praticamente desfilava) pelo salão, parou mesa da Grifinória dando um sorriso caloroso.

- Olá garotas! Que bom revê-las! Estava com saudades!

As meninas responderam muito satisfeitas o sorriso de Marjorie McGonagall, sobrinha da professora e diretora de sua casa, Inominável, membro da Ordem de Fênix, inteligentíssima, inigualavelmente bela e guardiã das meninas em sua viagem até a Cidade dos Galadhrim durante as férias de verão. Arwen pressentiu o que a levara até ali.

- Então você é a minha procuradora... - disparou a garota - Começo a crer que talvez você seja uma espécie de fada madrinha!

A loira sorriu.

- Quase isso... se eu fosse uma fada. Digamos que eu seja uma pessoa designada a zelar pelo seu bem-estar e segurança. Algo que todos vocês aqui em Hogwarts têm. Embora a grande maioria não saiba disso.

A morena de orelhas pontudas riu prazeirosamente. Era bom sentir-se amparada depois de tudo o que lhe havia acontecido. Lembrou-se de relance da irmã da "guardiã" que lhe designaram e o ocorrido dias antes do retorno à Hogwarts. Só então percebeu que a menina não estava presente na mesa durante aqueles primeiros dias. Talvez estivesse em casa... Misty McGonagall sempre andava se espaventando pelos corredores, rindo e chamando a atenção onde estivesse com seu jeito pouco discreto de ser...

- Srta. McGonagall, como está Misty? Não a tenho visto pela escola...

- Bom, ela está bem melhor, a fogueteira... Não quis voltar para Hogwarts para não encarar a realidade e as perdas... Mas acho que ela vai acabar mudando de idéia. Está em Beauxbatons. Creio que ela não esteja gostando muito da "frescurada française", como ela mesma diz...

Arwen sorriu de novo. Apesar das desavenças, não a queria mal.

"Pelo menos se ela voltar, o caminho agora está livre pra ela..." - pensava, enquanto olhava de esgueira para um jovem de cabelos negros desgrenhados, olhos verde-intenso, óculos e a famosa cicatriz em forma de raio na testa, que tomava silenciosamente o seu café.


Arwen Lórien Potter às 15:52h




domingo, novembro 06, 2005



Ela é tudo que eu já tive....


Dani estava sentada a frente de seu namorado Tom na mesa Corvinal no Salão Principal, saboreando suas deliciosas panquecas com calda de chocolate e suco de abóbora.
Einstein chega todo saltitante juntamente com muitas outras corujas no café da manhã com um pergaminho muito bonito amarrado em sua patinha direita.

- Oi meu amorzinho fofo. Será que são notícias de meus pais? Estranho porque eles me mandaram cartas ontem. Vejamos então.

Tom ao ver abre um sorrisinho maroto que Dani não percebe. Ela retira o pergaminho na hora e o abre. Tamanha foi a surpresa quando ela abriu a carta e reconheceu de cara aquela caligrafia meio rebuscada , e olhou para Tom que lhe deu uma piscadinha marota juntamente com um sorrisinho.


Minha Dani,


Here I am
Broken wings
Quiet thoughts
Unspoken dreams


Linda. Uma fada, um anjo, uma ninfa, uma sereia, uma guerreira, uma princesa, minha rainha.

Here I am
Alone again
And I need her now
To hold my hand


Seus cabelos sedosos e ondulados bailam numa suava melodia enquanto caminha lentamente pelos jardins. Sua beleza se iguala a das flores, tanto que confunde alguns pássaros que vão ao seu encontro. Ser divino que irradia tanta luz e ilumina minha vida.

She's all, she's all I ever had
She's the air I breathe
She's all, she's all I ever had


Ladra que roubou meu coração. Minha musa fonte de inspiração. Sem ela sou apenas mais um entre os milhares. Com ela sou único e com certeza o mais feliz dos mortais.

It's the way she makes me feel
It's the only thing that's real
It's the way she understands
She's my lover, she's my friend


Deusa de infinita beleza e bondade. Seu amor é como um arco-íris sem fim. Um dia encontraremos juntos o pote de ouro e seremos felizes para sempre. Ser puro e delicado, não sabe o estrago que fez em minha alma. Hoje me rendo a seus pés.

And when I look into her eyes
It's the way I feel inside
Like the man I want to be
She's all I ever need


Em teu perfume quero me embriagar, em seus braços quero me aquecer, em teu colo quero adormecer. Prometa que sempre será minha estrela, meu cometa, meu guia, minha constelação, meu universo, meu sol.

So much time, So much pain
But there's one thing that still remains
It's the way she cared
The love we shared


Será que um dia você será minha? Nem espelho de ojesed seria preciso se um dia nos casássemos, pois só com isso já seria o homem mais feliz do mundo.

And through it all
She's always been there


Por favor, como prova de amor e carinho, aceite esse anel como uma esperança de que um dia eu realize esse meu sonho e com todo o respeito e amor, seja minha noiva.

Aceita?

Com amor,
Tomas Bittes


Após ler a carta, com os olhos cheios d'água, Dani olhou para o namorado que segurava uma pequena caixinha de veludo. Ele ergueu a caixinha a ela, que prontamente a abriu e colocou o anel no dedo.

- O que posso dizer a você Tom? Te amo muito e mesmo achando que somos muito novos para isso, aceito. Nada melhor do que alguns anos de noivado. Daqui uns 3 ou 4 anos, quem sabe? Merlim nos mostrará o nosso verdadeiro caminho. E eu não tenho mais dúvidas de que os nossos estarão ligados.


* trechos tirados da música "She's all I ever had", do Rick Martin

Por Dani Lupin, a Avoada que sempre esquece de colocar os posts aqui.


Arwen Lórien Potter às 15:04h





Guess That's Why They Call It The Blues


Uma sonserina andava meio perdida pelos corredores de Hogwarts procurando a sala da aula de feitiços. Selina olhava em volta tentando saber onde estava quando reparou em uma grifinória andando no sentido contrário ao seu. O que chamou sua atenção no início foram as orelhas pontudas, mas quando Arwen passou mais perto a jovem de olhos cinzas sentiu um arrepio, sentiu muito frio.

Na dúvida sobre o que deveria fazer, se ignorava isso ou iria atrás dela, Selina decidiu pela segunda opção. Viu que a garota decidiu sair do castelo, andava em direção ao lago. Observou a distância a grifinória que se abaixava e pegava uma pedra para atirar no lago. Ela continuou a fazer isso até que a lula gigante respondeu jogando uma de volta que por pouco não a atingiu.

- Er... Oi... - Selina decidiu se aproximar e falar com ela.

Pega de surpresa, Arwen olha para a garota na sua frente e os olhos foram direto para o símbolo da sonserina.

- Oi... Olha... Desculpa, mas eu estava querendo ficar sozinha...

- Eu imaginei, mas eu não tive como não vir... É difícil explicar, mas sei que você tá muito triste e queria saber se poderia fazer alguma coisa.

Selina se aproximou da grifinória que a olhava com interrogação e sem ação. Ela foi andando devagar, nunca tinha sentindo tão forte a emoção de alguém. A jovem a sua frente estava praticamente azul de tanta tristeza e ela sentia o frio que vinha disso.

Arwen ficou olhando a sonserina se aproximar e deu um passo para trás. Curiosa com a situação ela olhou a garota de cabelos azuis esticar a mão e levá-la ao ombro da grifnória.

De repente as duas jovens levaram um choque tão forte que caíram afastadas. Elas olharam uma para outra espantadas com o que aconteceu e cada uma esperando a outra falar sobre o que houve. Como se as duas entendessem ao mesmo tempo, elas caíram na gargalhada.

- Foi mal, acho que entramos em curto. A propósito, me chamo Selina Grant.

- Arwen Potter. Você tem algum poder mental, certo?

Selina assentiu, e levantou-se num salto. Ia ajudar a grifinória a se erguer, mas a cena vista de quem vinha ao longe insinuava que a garota iria atacar Arwen. Mais que depressa, as duas meninas que vinham caminhando procurando pela amiga, desembestaram a correr e pararam no local, com varinhas a postos, apontando para a garota de cabelos azuis, enquanto olhavam para a grifinória de orelhas pontudas ainda no chão.

- Meninas, calma! Podem ficar tranquilas! Abaixem essas varinhas! Que mania de perseguição! - dizia Arwen enquanto se levantava e ajeitava as vestes, retirando as folhas secas de grama que ficaram presas na roupa - foi um acidente, só isso. Grant, essas são Alexis Dumbledore e Daniela Lupin.

As marotas baixaram as varinhas, ainda desconfiadas. Olhavam com cara de interrogação para a amiga. Esta sorriu, apresentando a sonserina e contou em poucas palavras o ocorrido.

- Então é melhor vocês darem um pulinho na Ala Hospitalar - dizia Lupin - pode ser que o estrago tenha sido maior do que vocês imaginam...

As garotas concordaram e dirigiram-se as quatro, em direção à enfermaria de madame Pompom, enquanto conversavam e riam um pouco. Afinal, a Sonserina estava se mostrando uma caixinha de surpresas agradáveis naquele início de ano.


* Escrito à quatro mãos por Arwen Potter e Selina Grant


Arwen Lórien Potter às 15:03h




terça-feira, novembro 01, 2005



Em prol do desencalhe, digo, final feliz!


Arwen estava sentada naquele começo de tarde no seu recanto favorito: na sombra da árvore próxima ao lago, onde ficava horas observando os movimentos oscilatórios da água lisa e límpida, enquanto a lula gigante se movia. Estava com um exemplar do livro de poções, folheando-o. Tentava se concentrar no conteúdo escrito, mas estava dispersa. Tiveram sua primeira aula com o professor Slughorn naquela manhã e a jovem grifinória de orelhas pontudas estava realmente surpresa. Não lhe agradava a idéia de um professor que "puxa-saco" de alunos filhos de gente importante, mas o homem realmente lecionava bem. Quem diria que fosse elogiar algum dia uma aula de Poções! Estar longe do morcegão super Batman recém-saído do tonel de óleo diesel enquanto mexia sistematicamente o caldeirão e adicionava os ingredientes cuidadosamente um a um no seu preparado era-lhe extremamente confortável. Não que Arwen fosse uma má-aluna em Poções. Ao contrário, sempre se saíra muito bem, aliás, muito melhor do que esperava, dada a implicância do antigo mestre com a garota pelo simples fato de ela carregar um sobrenome abominado por ele. Mas estar longe da pressão de Snape a deixava mais segura, o que a fez executar todas as tarefas solicitadas em aula com perfeição. Estava ligeiramente orgulhosa de si mesma.

Alexis ficara na sala de aula tirando algumas de suas dúvidas com o professor e combinaram de encontrar-se ali, para esperarem a marota Avoada. Aproveitariam o breve intervalo entre o fim das aulas da manhã e o almoço para esboçar um calendário de estudos para os NOMs.

Não tardou muito para que as duas amigas aparecessem ao longe, saltitantes, alegres... e acompanhadas de um ser do sexo masculino... Arwen apertava os olhos tentando enxergar ao longe quem seria. Mas não tardou a perceber. Com aquele porte e desenvoltura, só poderia ser...

- Oi Dona Marota Maga Patalógika, esperou muito por nós? - Alexis interrogava com um sorriso de orelha a orelha no meio do rosto pálido - Vocês precisavam ver essa mocinha na aula de poções! Arrasou!

- Olá Potter, como vai? - disse o rapaz que acompanhava as meninas, estendendo o braço, pegando a mão da grifinória e pousando-lhe cavalheirescamente um beijo.

*Pausa para os suspiros das meninas... Que gentleman!!!*

- Olá, Purple... Como tem passado? - respondeu, enquanto as meninas se esparramavam no gramado verde sob o céu nublado.

- Tentando me adaptar... Sonserina é uma casa legal. Mas minha turma tem umas pessoas muito... Bizarras. Aquele Malfoy... e os dois projetos de gorilas que andam com ele... A patricinha da Parkinson... Um horror! Salvo algumas exceções, acho que não poderia ter caído em local tão hostil.

Dani Lupin meneou a cabeça, concordando. Afinal, dividir dormitório e todas as aulas com Malfoy e seus comparsas definitivamente era uma das definições mais realistas do que deveria ser o inferno.

- Mas deve ter alguém legal na sua turma... A gente conhece pouco, porque você já percebeu né... - dizia Alexis, enquanto abria a mochila e tirava um pacote de sapos de chocolate e oferecia aos amigos - existe uma pequena e insignificante rivalidade entre nossas casas... Vai ficar ainda mais imperceptível durante o campeonato de quadribol, você vai ver.

- Sim, de fato - concordou o rapaz - a jovem romena transferida e selecionada na mesma ocasião que eu me parece bem confiável e simpática. Talvez porque ela também esteja tão deslocada quanto eu... Enfim... Mas fiquei longe das meninas mais bonitas da escola... Trágico!

Alexis corou com o comentário de Daryl Purple.

Arwen observou o discreto sinal inesperado da amiga. Lembrou-se de um livro trouxa que havia ganhado de Anna. Shakespeare. Romeo and Juliet. Somente olhou para Dani Lupin, que também a encarava com o mesmo ar de cumplicidade entre os pensamentos. Era isso!

Logo sentiram os estômagos se queixando da ausência um tanto prolongada de alimento e perceberam que era hora de almoçar. Enquanto caminhavam de volta ao castelo, Arwen puxou Dani Lupin para um canto discretamente, cochichando...

Ao chegar no dormitório, a primeira coisa que ela faria seria procurar o livro. Para inspirar um pouco mais sua função nunca antes exercida de... cupido.
Essa seria uma boa maneira de desviar seus pensamentos de seus próprios problemas afetivos.


Arwen Lórien Potter às 21:02h





Where you're going to (Parte final)


O clima continuava muito tenso após a retirada das duas marotas para o salão principal. Alguns alunos que tinham o primeiro tempo livre já se encontravam passeando pelos jardins de Hogwarts e se o casal estivesse mesmo disposto a conversar, precisariam de um pouquinho de privacidade.

Como se adivinhando os pensamentos da Lupin, Tom prontamente lançou um feitiço de impertubalidade ao redor do lago, para que assim só quem fosse muito craque em leitura labial conseguisse decifrar o que os dois estavam conversando.

Depois de alguns breves e ao mesmo tempo intermináveis instantes, Tom e Dani que estavam sentados defronte ao lago resolveram começar um diálogo. Conversa essa que poderia ter acontecido a mais tempo se ambos tivessem se definidos como prioridade um ao outro.

- Só gostaria de saber - Dani começou - o porquê de tudo isso. Não me recordo, pelo menos, de ter te feito sofrer dessa maneira.

- E aquele sonserino transferido?

- O Purple? - Dani exclamou incrédula - Eu não acredito que você estava com ciúmes dele. Nós só nos falamos uma vez. E você nunca tinha implicado com minhas amizades masculinas.

- Eu fui procurar você no trem - se justificou Tom - e vi você conversando animadamente com ele. E não era da mesma forma que você conversava com seus amigos corvinais. Você estava em êxtase

Chocada, Dani tentava consertar o mal entendido:

- Você não sabe que as pessoas quando conversam têm reações diferentes para cada assunto? Como somos namorados, sou meiga e carinhosa com você. Com o Bill falo de música e dos deveres. Com o Joe falo o quanto sonserinos às vezes conseguem tiram qualquer um do sério e assim vai.

- Mas com do Daryl foi diferente...

- Sim, de fato, muito diferente - interrompeu Dani - com ele eu conversava sobre moda, maquiagem, plumas e paetês. Era como se eu estivesse conversando com uma das marotas. Era como se eu estivesse conversando com uma amiga.

- Isso parece mais papo para que você caísse na lábia dele.

- Se ele for assim com todas as meninas, ele está no caminho certo. Vai ganhar o coração de meia Hogwarts pelo menos.

- Tá vendo? - falou Tom indignado - Era ou não motivo para ficar com ciúme?

- Se você tivesse entrado e conversado com a gente, você saberia que seria impossível o Purple roubar meu coração, porque ele já é seu - falou Dani cabisbaixa - Pensei que você não tivesse mais dúvidas disso.

Now looking back at all we've planned
We let so many dreams just slip through our hands
Why must we wait so long, before we'll see
how sad the answers to those questions can be


Algumas lágrimas escorreram do rosto do Tom e ele segurou a mão da Lupin.

- Me perdoa meu amor. Eu não queria te fazer sofrer. Sou um idiota mesmo por ter pensado que você não gostasse mais de mim. Achei que tinha me esquecido, porque nem me mandava cartas nas férias.

- É que eu fui para Galadhrim com as meninas e Einstein ficou com meu pai - respondeu Dani - achei que seria mais emocionante e divertido te contar as novidades pessoalmente.

- Tudo bem - assentiu Tom - Promete que você não vai ficar com raiva de mim? E nem da Suze?

Diante do nome da companheira de quarto, quase prima, Dani franziu o cenho.

- Pera aí, tu quer um milagre ou o quê? Daqui a pouco vão querer que eu perdoe Você-Sabe-Quem, os comensais, Umbridge vacuda e os sonserinas que azaram os inocentes. Calma. Um de cada vez.

- Mas a Suze só topou fazer essas ceninhas porque eu pedi muito. Ela não tem culpa.

- Com relação a Srta. Pettigrew eu vou pensar um pouco - concluiu Dani - Sei que fui muito ríspida ontem com ela, mas ela aceitou fazer essas cenas sem pensar nos meus sentimentos. E ela sabe que isso machuca muito. Com ela eu resolvo depois.

Por alguns instantes se olharam profundamente. O reflexo de suas imagens na íris eram mais que perfeitas. Até que elas aumentavam enquanto eles se aproximavam até ficarem com os rostos colados.

Once we were standing still in time
Chasing the fantasies thar filled our minds
You knew how I loved you, but my spirit was free
laughin' at the questions that you once asked of me


E eles então se beijaram e seguiram rumo ao castelo. Finalmente eram namorados novamente.

* trechos, utilizados na parte (I) e na parte final, não necessariamente na ordem da música original " Do you know where you´re going to" da Mariah Carey

Por Dani Lupin


Arwen Lórien Potter às 21:01h





Where you're going to? - Parte 2


O dia nasceu e Arwen mal dormira. Alexis também compartilhara com a amiga a noite de insônia. Afinal, colos são extremamente bem-vindos (e necessários) após um fim de romance. Mesmo que esse não fosse o mais feliz e meloso de todos os romances vividos nos contos de fadas.

As duas grifinórias desceram para o café da manhã. Arwen mal tocou no suco de abóbora. Alexis olhava penalizada para a amiga e com fúria para o ser dono do raio que rachou a amiga em mil pedacinhos élficos. Ele que fosse para o raio que o parta!

- Vamos, orelhudinha! Coma alguma coisa! Olha só, tem bolo de caldeirão, que você adora...

- No, thanks, estou sem fome, vou só tomar um suco e...

- Eu te dou um pedaço das minhas panquecas com mel!

Logo começou a maravilhosa apresentação dos Corvinais na mesa principal. E enquanto eles emanavam boa música pelo salão para acalmar os coraçõezinhos tensos dos estudantes naquele ano peculiarmente difícil, chegaram até as meninas os famigerados horários escolares.

- Dois tempos de Poções logo de cara. Mas temos o primeiro horário vago - murmurou Arwen, com os olhos fixos no pergaminho.

E aconteceu de novo. A pedra azul do anel na mão da quintanista reluziu mais intensamente e queimou de leve o dedo da garota. Ela sentiu outra vez o calor brando no corpo, que vinha da jóia... E levantou-se depressa, largando seu intocado café da manhã, arrastando pelas vestes uma Alexis de boca cheia, mastigando, tentando recolher sua mochila e reclamando palavras que não poderiam ser compreendidas, graças às panquecas ainda em sua cavidade oral.

- Couma aêê, ba ondche a xente fai? Ucha fida, eu aindha tho cumendu!

Arwen não respondeu, só andava quase correndo, puxando a amiga para fora do castelo.

Na beira do lago estava a corvinal que se considerava o ser mais infeliz do mundo. Ela sabia que havia pessoas com problemas e dores muito maiores que o seu, mas costumava acreditar que cada um tem o seu respectivo dilema, e que para esse, o seu próprio fardo sempre seria o maior de todos e insuportável.

Não conseguia acreditar. Ou melhor, não queria. Queria fechar os olhos e pensar que tudo aquilo não passara de um enorme pesadelo. Ou de uma brincadeira sem graça, como as almofadas de pum que ela colocava escondidas nas cadeiras do salão comunal corvinal. Ruim no modo de ver das pessoas que sentavam lá e se sentiam constrangidas ao ouvir o som de gazes saindo exatamente de onde estavam seu traseiros. Talvez seja isso. Tudo não passa de uma questão de ponto de vista. Será?

A única coisa que Dani Lupin sabia era que a dor era enorme. Tanto que suas lágrimas teimavam em deslizar pelo seu rosto. Parecia que nunca teria fim. E o que ela faria agora? Como olharia para seu namorado (se é que ele ainda era seu namorado), para sua companheira de dormitório (por um momento refletiu... talvez ela pudesse estar falando a verdade ontem) e para tantos outros corvinais que presenciaram tão lamentável cena?

- Dramáticas. Solteironas. E irritadinhas. Olhem, este papel é meu, caso alguém não tenha avisado vocês, minhas pequenas... Errr... Ok, então! Agora também vou me juntar ao conjunto "cara no chão" de vocês. Esse clima no começo do ano me deixa rabugenta, francamente! - disparou Alexis ao ver as caras de enterro das duas marotas.

- Rabugenta você sempre foi, Dumbledore. E realmente foi um péssimo começo de ano para nós... - retrucou a grifinória de orelhas pontudas.

Dani olhou para as amigas ainda sem entender direito o que estava acontecendo.

- Como assim, solteironas? Arwen, você e o Harry...

- Sim - fez uma pequena pausa e continuou - ele tem suas prioridades... Era inevitável, iria acontecer mais cedo ou mais tarde... - parou de falar por alguns segundos, e dando um suspiro, prosseguiu - Mas e você Avoadinha, como está?

- Aposto que sou o assunto principal do café da manhã. Devo estar mais popular que as panquecas com mel. Estou péssima!

- Ah, então somos duas... Eu devo estar sendo a pessoa mais festejada pelo fã-clube do "Escolhido". Todo mundo me olhando atravessado, fora aqueles risinhos idiotas abafados, desde o dormitório até a hora em que saímos do castelo. Hunf!

- Mas, mudando um pouco de assunto... Como vocês me acharam aqui?

- Muito simples - começou com um risinho irônico a marota Irritadinha - nossa elfa orelhudinha aqui é praticamente um clone da libélula Sibila!

*Pausa para o olhar fuzilante e estuporante da Potter para a Srta. Dumbledore*

- Meus anéis - continuou Alexis - geralmente servem só de enfeite para a caixinha de jóias. Mas o dela é muito mais potente! Nós estávamos tomando o café da manhã quando o "Anel do Olho que Tudo Vê e Também Ouve" a fez sair correndo, me arrastando pelos cabelos saguão afora e cá estamos. Tudo muito simples, rápido, prático, clean.

Arwen olhou com carinho para a garota de cabelos ondulados e olhos castanhos brilhando mais que o habitual por causa das lágrimas. Sentou-se ao lado da amiga corvinal, abraçando-a e murmurando um "sinto muito, Avoadinha..."

- Eu também, Lobinha... - disse Alexis juntando-se ao abraço das amigas - Mas então, o que fazeremos depois dessa? Perna-presa no Tom? Furúnculus na Pettigrew? A gente ajuda no que for preciso, eu encontrei outro dia um feitiço muito bom mesmo, ele peg...

- Não será preciso, marotinha! Eu nunca teria coragem de fazer nada contra o Tom. Eu o amo demais, mesmo estando magoada.

Foi quando um vulto saiu de trás da árvore. Era Tomas, que havia escutado o final da conversa das meninas.

Alexis e Arwen se levantaram num salto e ficaram a postos com as varinhas apontadas para ele. Mas parecia que ele não estava se importando com isso, porque mesmo assim continuava seguindo em direção a elas.

- Ei! Pare aí mesmo onde está! Não vamos deixar você magoar ainda mais a nossa amiga! Pegue seu traseiro e dê meia volta daqui, já chega o que você fez! - gritava Alexis.

Na medida que ele ia se aproximando, elas puderam perceber que os olhos o corvinal estavam muito vermelhos e úmidos. Então Arwen se interpôs entre Dumbledore e Tomas Bittes.

- Talvez seja melhor que eles fiquem a sós... Eles precisam conversar.

- Mas se formos não vai dar para ouvir a conv... Digo, como vamos defender a Lobinha desse filhote de trasgo? Temos que ajudá-la!!!

- Obrigada meninas, mas acho que eu e o Tom precisamos ter uma conversa definitiva. Eu encontro vocês na hora do almoço, fiquem sossegadas.

As duas hesitaram por um segundo, mas depois de um sorriso sem graça da amiga ("Está tudo bem, sério."), seguiram para o castelo, olhando para trás e sentidas em deixá-la ali, naquela situação.

* Por Dani Lupin, Arwen Potter e Alexis Dumbledore.


Arwen Lórien Potter às 20:59h





Where you're going to? (Parte I)


Dani Lupin acorda. Mas tem a sensação de que não pregou os olhos um instante sequer. Seus olhos estavam inchados e sua cabeça doía horrores. Dispôs-se a levantar e achou estranho ter encontrado o quarto vazio.
Seguiu rumo ao banheiro do dormitório feminino que também se encontrava vazio. Se olhou no espelho e se achou o lixo do lixo.

- Ah fofinha. Com essa juba em pé e essas olheiras, tá parecendo mais um dos zumbis seguidores de Você-Sabe-Quem. Nem seu pai que é lobisomem fica nesse estado quando se transforma - disse sua imagem no espelho em estado de choque.

- É, devo estar muito mal da cabeça para dar ouvidos ao espelho. Mas assim não desço para o café nem sob tortura. Quem sabe um bom banho gelado para esfriar os miolos?

Depois do banho e de se arrumar rapidamente, viu em seu relógio que não estava atrasada. De fato, os corvinais madrugaram na expectativa do início das aulas (nerds são um bando de bestões mesmo). O café deveria estar começando naquele instante. E desceu rumo à sala corvinal. Quem sabe agora ela poderia encontrar seu amigo Bill velho de guerra, ou simplesmente ver seu namorado leguminoso insensível se explicar por ter bancado um trasgo.

Do you know where you're going to?
Do you like the things that life is showing you?
Where are you going to?
Do you know?


- Ai meu Merlinzinho, meu dia hoje tem que ser bom. O céu tá azul, um lindo dia ensolarado me espera e claro, eu estou linda, bela, maravilhosa, um arraso e ...

E...

E eis que a marota Avoada viu algo que a fez sentir um aperto no peito.
Como pôde?!

Diante de seus lindos olhinhos, Tom carinhosamente removia uma mecha de cabelo do rosto da Pettigrew.

Um carinho, um cuidado, um mimo...

Definitivamente, seus olhos custavam acreditar naquela cena. Nunca sua cabeça rodou tanto como naquele momento. Já não sabia mais o que pensar, e teve a impressão de que o chão não estava mais debaixo de seus pés.

O casal parou de conversar e olharam assustados para a garota.
Uma lágrima escorreu pelo rosto de Dani Lupin, seguida de muitas outras que a menina nem percebia. Elas simplesmente tinham origem e rumo próprios. Era um choro retido, silencioso e profundo.

Tom ao ver essa cena sentiu uma culpa muito grande, mas não teve tempo de fazer nada. Um bilhão de coisas aconteceu ao mesmo tempo. Só se deu conta do que tinha ocorrido quando escutou o burburinho Corvinal comentando o caso, e não via mais sua namorada.

Do you get what you're hoping for?
When you look behind and there's no open door
What are you hoping for?
Do you know?


- Por Merlin, o que eu fiz?! - se lamentava desolado Tom.


Arwen Lórien Potter às 20:59h





Chuva de farpas


O fato de ter escutado Padma Patil e Antônio Goldstein falarem a senha enquanto conversavam a caminho da Corvinal fez com que Dani Lupin pegasse um atalho e economizasse tempo rumo ao salão comunal de sua casa. Ela adentrou nele e percebeu que ainda estava vazio. Exaustamente se arrastou rumo ao dormitório feminino e em seu quarto, que fora reformado durante as férias, viu que seu malão e suas inúmeras bolsas já se encontravam ao pé de sua cama. Desanimada com tudo que acontecera neste turbulento e nada maroto dia, trocou de roupa rapidamente enquanto frases tortas e imcompletas ainda ecoavam em sua mente.

- Depois eu falo se puder...?

- Minha amiga...?

- Amiga, pois sim... humpf - Dani pensou alto.

Pôs seu pijama de duendes e sua pantufa de coelhinho e seguiu em direção a cama. Um turbilhão de imagens a seguia e penetrava sua mente fértil. A cena da Pettigrew conversando com o Tom realmente a chateara. E muito. Verdade seja dita, elas eram praticamente primas. Mas desde criança tinham problemas para se entender, principalmente quando ela tentou afogar o dragão de pelúcia (sim, o Bobert) da Dani na privada por vingança de alguma brincadeira marota feita pela menina. Mas chegar ao ponto de roubar o namorado alheio seria o fim, definitivamente.
Com todas essas minhocas na cabeça, Dani já estava ajeitando seus lençóis para se deitar quando Suze entra no quarto, animada:

- Dani, tudo bem? Não tive oportunidade de conversar com você no trem, e...

- E o que? - interrompeu Dani bruscamente - e estava muito ocupada conversando com meu namorado no jantar? Isso você não precisava me dizer, porque meus lindos olhinhos castanhos viram muito bem.

- Dani, não é nada disso que você está pensando!

- Ah, não é? Por que, você é Sibila para saber o que eu penso? - retrucou Dani sarcasticamente.

- Porque tá na cara que você está dando esse pití porque está se roendo de ciúmes do Tom ter conversado a viagem toda e o banquete comigo!

- A parte do trem estou sabendo agora. E explica o fato daquele estúpido não ter me procurado. Legume insensível! Mas é claro. Por que ele iria viajar com a namorada dele se a conversa com a amiguinha dele estava tão agradável?

Suze respirou fundo. Até o momento, ela, que tinha dado uma verdadeira aula de paciência, resolveu guarda-la no bolso.

- Já disse que não quero a droga de seu namorado coisíssima nenhuma. O Tom é sim um garoto simpático, e um grande amigo, mas é só isso. Ele é seu namorado, e eu respeito isso. Se, porém, você não dá atenção a ele como deveria, não é problema meu. Nós só viemos no trem juntos, porque ele me disse que você estava ocupada demais com seus amigos para querer conversar com ele. Já está na hora de você deixar de ser uma criança ciumenta e agir como gente grande. Pare de acusar os outros de coisas que não fez.

Irritada, já explodindo, Dani retrucou.

- Então pare de dar trela para o namorado alheio fazendo o favor, já que você tem tanta bondade e pena em seu coraçãozinho.

- Bondade e pena? O Tom é meu amigo, e eu fui no Expresso com ele porque a namorada dele não deu bola para ele. Mas já que você insiste em imaginar que eu tenho qualquer coisa com seu namoradinho, ótimo, então!

- Ótimo!

E as duas se deitaram, cada uma em sua cama, na esperança de um amanhecer melhor.

*Por Suzanne Pettigrew e Dani Lupin


Arwen Lórien Potter às 20:57h


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