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sexta-feira, fevereiro 17, 2006



O Jardim não mais secreto de Ravenclaw


(parte 2 - a surpresa )

Após um belo e farto almoço, Dani Lupin sentia aquele constante e incessante sono "pós barriga cheia" entorpecer seus sentidos. E o melhor de tudo é que não tinha aula depois do almoço pelas próximas duas horas. Não tão melhor assim, já que ela tinha combinado com o Tom e ambos rumavam para a sala comunal não para tirar uma soneca em seus respectivos dormitórios, e sim continuar averiguando os mistérios do jardim corvinal.

- Você estava mais animada para investigar de manhã, dona Avoada Holmes - falava Tom carinhosamente com o braço apoiado no ombro da namorada - Lembre-se que a idéia foi sua.

- Fico só imaginando - respondia Dani entre bocejos - uma linda macieira e na sua raiz um macio e confortável travesseiro de folhas. Ah, sem maças, é claro.

- Porque você iria querer uma macieira sem maças? Queria que fosse uma macieira com goiabas? - falava Tom tentando conter o riso.

- Não querido. Macieira com raiz, caule e folhas, sem nenhum tipo de fruto que possa cair em minha cabeça. Não estou afim de redescobrir a gravidade trouxa.

O casalzinho agora chegara ao jardim. Mais lindo e esplêndido do que nunca. E para grande espanto dos dois, lá estava uma macieira (que eles poderiam jurar que não estava lá pela manhã) e dois travesseiros de folhas. Nos galhos, vários passarinhos coloridos cantavam uma melodia suave que mais parecia uma sinfonia.

Dani resolveu não contestar, afinal aqueles belos travesseiros naturais e aquela belíssima canção de ninar estavam praticamente fechando seus olhos. Após se deitarem na grama, Dani sentiu uma sensação muito esquisita de como se estivesse sendo coberta por algum lençol invisível e a fazia se sentir mais comfortável e aquecida. Mas mesmo com sono, estava começando a ficar com medo daquele lugar.

Ficava imaginando como poderia estar nevando do lado de fora do castelo, enquanto naquele imenso jardim na torre oeste parecia que era sempre uma florida e ensolarada primavera. Diante desses pensamentos Dani adormeceu. Em seus sonhos, muita fantasia, muitas fadas mordentes e duendes fazendo cócegas em sua barriga, ela recebendo o resultado perfeito de seus Noms de Flitwick que estava radiantemente feliz e muitos outros delírios.

Mas realmente tinha algo estranho ocorrendo naquele lugar. Como se um raio a tivesse atingido, Dani se levantou rapidamente. Assustada não conseguia acreditar no que seus olhos viam. Era assustador. Seu primeiro ímpeto foi se certificar que estava realmente acordada. Deu um beliscão em si própria e obteve a resposta quando a dor atingiu todo o seu braço e deixou uma marca com sangue nele.

- Tá, eu tô acordada. - Dani olhava para os lados assustada.

Era terrível. Toda a bela e poética paisagem do jardim parecia ter escorrido como numa pintura à óleo em um quadro. Agora a única coisa que restava era um pequeno cubo branco e estava dentro dele, como fechada dentro de uma caixa sem tampa ou dentro de um quarto se portas e sem janela. E a o seu lado, Tom permanecia dormindo.

- Tom, acorda. Acorda, acorda - Dani agora começava a ficar desesperada.

Tom não estava acordando nem com os gritos de desespero da namorada e nem com as sacudidas e batidas que ela dava nele.

Foi então que uma voz dentro da sala ecoou. Uma voz madura de mulher.

- Ele não vai acordar. Pelo menos não enquanto tivermos a nossa conversa. Nós duas.

Dani olhava para os lados assustada e não via ninguém.

*continua*


Dani Lupin às 09:20h


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